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O cinema pode ajudar o meio ambiente

  • Luciano Bastos, DP
  • Sep 7, 2019
  • 2 min read

o dia depois de amanhã - filme

Neste final de agosto o assunto em pauta é a ameaça do planeta com a devastação de florestas com um olhar especial para a Amazonia. Acho que a discussão sobre o clima já está em pauta há pelo menos 15 anos, quando o habitante deste belo planeta começou a achar que políticas ambientais sérias significariam a sobrevivência deste mundo e não apenas o blá blá blá dos denominados verdes. Al Gore, candidato derrotado por Bush para ocupar a Casa Branca, dedicou-se a estudar as preocupações com o clima. Produziu um documentário chamado Uma verdade inconveniente que, baseado em evidências, estatísticas e estudos científicos procura alertar sobre os perigos que rondam nosso planeta se não dermos uma guinada em nossa política ambiental. O homem vem protagonizando a destruição das florestas, a contaminação dos recursos hídricos e o aumento na emissão de monóxido de carbono por combustíveis fósseis. O planeta se fragiliza e a natureza vai mandando os seus recados. Um dos filmes ficcionais que me ocorreram para a questão climática foi O dia depois de amanhã de Roland Emmerich, que trabalha com a hipótese de que a terra entre repentinamente numa nova era do gelo, tornando-se um planeta inóspito e com poucas condições de sobrevivência. Claro que por trás desta moldura o filme traz, como não poderia deixar de ser, já que é um produto hollywoodiano, a historinha de um pai (Dennis Quaid, sempre com aquela expressão preocupada na mascara) que corre grande parte do território americano para salvar o filho (Jake Gyllenhaal), preso numa biblioteca em New York. Apesar da pegada comercial, o blockbuster acaba provocando uma reflexão e um alerta sobre o descuido com o clima. Esfriamento global, aquecimento global, o imenso mar de plástico formando uma ilha no oceano Pacífico do tamanho da cidade de São Paulo, os esgotos in natura deteriorando os córregos, isso tudo junto vai transformando paraísos em infernos. A terra clama por socorro, enquanto alguns governos irresponsáveis acham que é tudo uma grande bobagem, uma enorme conspiração. A Amazonia não tem tido muitos registros no cinema ficcional. Ao rabiscar essas linhas acabei me lembrando de um grande filme de Werner Herzog passado na Amazonia chamado Fitzcarraldo. Embora não tenha relação com denuncias a grupos como madeireiros, grileiros e garimpeiros que protagonizam a devastação do bioma, o filme de 1982 estrelado por Klaus Kinski e com o saudoso José Lewgoy mostra de forma vigorosa a luta impiedosa do homem, no caso um estrangeiro, com a floresta com o intuito delirante de, com os lucros obtidos da exploração da borracha, construir um teatro da Ópera em plena floresta, como um tributo a Caruso, uma obsessão do personagem Brian Sweeney Fitzgerald levada às ultimas consequências.

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