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Sem tudo

  • Sérgio Bandeira de Mello, Gico
  • Nov 30, 2017
  • 2 min read

Sem o triplex pertencente à amiga da onça OAS, Onça Amiga Sórdida, delatora sem escrúpulos ou provas, e sem o sítio dos atarefados amigos do apeado poder em Atibaia, portanto sem o triplo teto na praia e sem seu refúgio na serra, o sem terra ou areia Lula contava com seu contado dinheirinho para se hospedar como o companheiro Deus permitia em suas filantrópicas caravanas pelo país.

Sempre de olho nas condições de vida dos mais necessitados do litoral ou do interior, o protetor dos excluídos contava em se abrigar em modestas casas caiçaras na praia ou em acampamentos do MST no interior.

Entretanto, sabedor de que a escolha do pescador Fulano ou do roceiro Beltrano para seu anfitrião poderia causar ciumeira entre os fiéis seguidores das localidades, o humilde pregador fazia questão de guardar umas economias para uma cama limpa e uma mesa frugal.

Com o ecoturismo em alta, a espartana criatura saberia manter-se longe dos suntuosos ou aconchegantes hotéis frequentados pela elite branca e tucana. Tendo aplicado na poupança com os estratosféricos juros do traidor Palocci, o pobre conseguira amealhar um pé de meia de 16 milhões de reais para uma velhice remediada ao lado da sua Rose, a fiel comissária de bordo com quem viajara de mala e cuia para encantar plateias em suas palestras pelo terceiro mundo. Juntos, eles levavam a necessária esperança em um mundo melhor, onde o BNDES honraria o S de Social ao financiar as obras de que os despossuídos do planeta tanto necessitavam.

Amigo da Odebrecht, empresa cuja competência técnica já ultrapassara determinadas fronteiras, Lula levou a exportação da construção pesada brasileira a patamares jamais sonhados.

Clinton e Carter, palestrantes globetrotters que também vivem desse ofício, invejavam a popularidade do cara de Obama na América Latina e na África.

Pois agora a segunda instância da (in)justiça mantém o bloqueio de suas parcas economias, tudo em nome da garantia de uma futura indenização à Petrobras, empresa que defendeu - e quer tornar a defender - com Cunhas e gentes contra os entreguistas, vendilhões da soberania nacional.

A narrativa acima é baseada em fatos e/ou delírios reais.

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