O futuro do mercado literário no Brasil
- Taianne Coelho | aluna - AgênciaUVA
- Sep 2, 2017
- 2 min read

Quando pensamos no futuro, imaginamos um mundo dominado pela tecnologia, mas na área da leitura essa tecnologia ainda não foi aceita muito bem. Diferente dos e-books, os livros físicos ainda conquistam espaço nas prateleiras e estantes dos seus leitores e tem o maior domínio financeiro nesse mercado literário. Mas será que era digital também não vai dominar esse espaço? Essa pergunta fica na cabeça de vários leitores, só que pesquisas feitas no ano de 2016 mostram que a era digital ainda não domina o mercado dos livros, pelo menos aqui no Brasil.
O que nos Estados Unidos já não é mais uma novidade ou algo passageiro, no Brasil os e-books só correspondem a 2% do mercado de livros. Apenas 37% das editoras brasileiras produzem e vendem e-books. Segundo o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, os livros digitais movimentaram cerca de R$ 42,5 milhões no ano passado. Parte do valor corresponde aos e-books completos (R$ 34,4 milhões), vendido em capítulos ou fascículos (R$ 3,6 milhões) e serviços de aluguel e assinatura (R$ 4,5 milhões).

Já nos Estados Unidos o mercado editorial digital é um pouco diferente, os e-books são mais caros que os livros físicos e suas vendas são maiores que aqui no Brasil, porém no ano passado esse mercado passou por uma pequena queda. Os e-books passam por uma tendência inversa ao esperado também nos Estados Unidos, que apresentaram quedas nas vendas de e-books (-5,3%), enquanto cresceram em vendas de livros de capa dura (4,8%). Como já disse Jeff Bezos, fundador e presidente da maior varejista de livros digitais no mundo a Amazon, é muito difícil substituir um livro.
Vantagens e Desvantagens dos e-books
O livro físico não da pra ler no escuro, mas com os e-books esse problema não existe, pois a própria tela no seu computador, celular ou tablet já é iluminada. Outra vantagem dos livros digitais aqui no Brasil é que eles são bem mais baratos que os livros físicos, o que nessa crise facilita muito o bolso dos leitores como é o caso da turismóloga Amanda Alonso, 22 anos – “Os livros digitais são melhores por ser imensamente mais baratos, um livro que leio pelo computador, pago 7 reais, 3 reais enquanto o livro físico é sempre mais caro”, ela costuma comprar seus livro pela amazon.
Para a turismóloga, além do livro digital ser mais barato, outra vantagem que ele apresenta é a flexibilidade que ela tem para ler. ”Você consegue ler o livro mais rápido, por poder ler no celular, ele é menor, ocupa menos espaço e dá pra levar em qualquer lugar que não ocupa o espaço, além de não demorar com os correios, você compra o livro e no mesmo dia já consegue ler ele pelo computador ou pelo celular ou tablete. E com essa agilidade eu consigo ler muito mais livros pelo celular do que com eles físicos”, contou Alonso.
Ao contrario de Amanda, a estudante de Ciências Biológicas, Joyce Avelino, 19 anos conta que se sente desconfortável lendo e-books – “Não é algo agradável ler várias paginas seguidas em um celular ou notebook. Além de ser cansativo, me deu dor de cabeça ficar olhando para o celular constantemente. E eu também prefiro ler livros físicos, por gostar mais e pra colecionar em casa”.