O astro sumido
- Sérgio Bandeira de Mello,Gico
- Jun 12, 2017
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Desde que Joesley e Wesley Safadões resolveram gravar seus grandes sucessos que encantaram Geral na república, Lula saiu das paradas. Na semana que passou, pareceu encarnar seu dedo mindinho esquerdo, pois sumiu de vez, amputado que foi pelas rotativas da grande imprensa.
Em áudios ao vivo ou em clipes produzidos nos estúdios da PGR com grande esmero, a dupla sertaneja universitária bombara nas redes Globo e sociais até que o TSE viesse a roubar a cena, ao esconder na mão grande de Temer, sob quatro togas marcadas, o produto dos roubos que julgava.
Por outro lado do colegiado, a defenestrada titular da chapa quente, na sombra da jabuticabeira superior eleitoral, mais que na moita, enterrada sem função como uma boa mandioca brava, tornava-se a principal beneficiária da ação por abuso de poder.
Portanto, o fã-clube do felizardo coração valente vibrou com a possibilidade de uma vitoriosa turnê eleitoral pelos pampas gaúchos no próximo ano. Livre, leve e solta, ao sabor do vento estocado desde o conveniente impeachment, já prepara a comitiva. Além de parte da costumeira entourage que conseguirá passar de Curitiba no deslocamento até o Rio Grande, escala até aqui forçada, mas que se busca suprimir com bom senso, a candidata ao foro privilegiado contará com o privilégio dos seguranças por fora da decerto escassa verba de campanha. Prioridade máxima entre saúde, segurança e educação, a escolta oficial será contratada graças aos esforços tributários de todos nós. O circuito da ex-presidenta postulante a deputada federal deverá começar e acabar no extremo sul, precisamente no Arroio Chuí, enquanto os demais brasileiros ficarão presos à Lagoa dos Patos.
Quanto ao Nove Dedos, considerada a trégua na luta pelas diretas já, encabeçada pelo corajoso companheiro Gilmar, fiador do acórdão que sacramentou o acordão, este sem acento agudo, mas celebrado com aquele que ocupou o assento na outra cabeceira da mesa de negociações, deverá trocar o banco dos réus de Curitiba por uma confortável poltrona nas calendas do STF, ao som ambiente dos Free Boys que, a exemplo de Sinatra, ainda custarão muito a vir cantar no Brasil.