Inocentes do Leblon

Quando o Hotel Marina acendeu ontem, e viu que Adriana continuava em Bangu aguardando a transferência para a sua prisão domiciliar unplugged, sem Netflix pras crianças, compreendeu que as coisas não precisavam dela, e sim de uma ação do TRF.

Antes que as luzes brilhassem no Vidigal, os Dois Irmãos, marido e cunhado, ainda pensavam que seria possível girar o farol da Ilha da Fantasia a favor da conveniente liberdade da chefa da lavagem, mas outros olhos e armadilhas foram incorporados ao processo em nome dos inocentes do Leblon.

Já em outro balcão de negócios, prometendo cortar na própria carne, o Ministério da Agricultura não admite a extensão do problema.

As autoridades alegam que o papelão internacional foi provocado pela escuta da PF. Com certa razão, sem querer embrulhar ninguém, afirmam que todos aqueles que trabalham no ramo de embalagens sabem que o grampo convenientemente colocado tem a função de dar forma ao papelão.

Querendo dar nome aos bois, o titular da pasta procura refutar a condição de negócio da China, onde o produto está congelado, lembrando os tempos da Guerra Fria. O tsunami do agrobusiness periga atingir o Japão, passando pela Coreia errada, onde o acesso à informação é livre. Lá, Roberto Carlos poderia passar por mais um carnívoro inocente do Leblon, mas não da Urca.