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Falência Geral

  • Célio Junger Vidaurre
  • Feb 20, 2017
  • 2 min read

Desde que essa classe política dominante resolveu, a partir do início desse milênio, extrapolar em suas investidas para conseguir extrair do erário fortunas incalculáveis, viu-se que a situação só poderia chegar aonde chegou. Jamais foi visto no País o horror em que estamos vivendo. Ex-governador preso, sua mulher presa, presidente da Câmara Federal preso e vários ministros e inúmeros senadores também caminhando para a cadeia. Não se falando de seus familiares.

O momento é tão dramático, é de tanta apreensão para os políticos detentores de mandatos, aqueles que estão na “marca do pênalti” da Operação Lava-Jato, que não se sabe se haverá prisão para tanto ladrão descoberto ultimamente no Brasil. Os políticos perderam a pouca credibilidade que ainda tinham no final do primeiro milênio. Hoje, é triste o que assistimos na Assembleia Legislativa presidida por Jorge Picciani e que antes Sergio Cabral dominava com sua “GANG” de deputados inexpressivos e corruptos: André Luiz e companhia.

A falta de vergonha desses políticos deixou a descrença dominar o povo fluminense no seu dia a dia e até desesperar toda a população que já não aguenta mais o noticiário sobre os políticos que querem porque querem tomar de nossas instituições públicas o que não lhes é de direito.

O mais desagradável de tudo é que nossos insaciáveis “homens públicos” não tomam jeito. Romero Jucá discursa em Brasília como se todos nós não soubéssemos de suas falcatruas em Roraima. Renan Calheiros tenta mostrar que é um santo que Alagoas enviou à Brasília e a arrogância de Fernando Collor é de doer depois de tudo que aprontou com os brasileiros. E Lobão pai e Lobão filho que o Maranhão exportou? Será que não foi bastante o que fez Sarney, filha e genro? O que querem mais?

Essa desagregação social e falência que esses políticos profissionais nos impuseram mostra que o País virou de cabeça para baixo. Saques à luz do dia nos mercados, falta de respeito geral, polícia sendo atacada, tumultos e mortes nos Estádios, enfim, ninguém respeita ninguém. Aliás, essa falta de respeito com nossa gente já é fruto antigo desses irresponsáveis cidadãos que foram agraciados com os votos da população em parte inocente.

Em Niterói, a coisa nunca foi diferente. Nesse mesmo tempo do milênio, um ex-presidente da Câmara dos Vereadores, agora deputado, mancomunado com o prefeito de então e os “manda chuva” da construção civil, fizeram “miséria” com seus mandatos. Usaram seus poderes, mudaram Leis com “corrigendas ilegais”, autorizaram construções mudando o gabarito e o itinerário dos contribuintes com edifícios em locais inadequados e, mesmo assim, os eleitores continuaram elegendo-os. Todavia, hoje, toda a cidade pergunta quando uma Lava-Jato chegará por aqui? Na verdade, está demorando muito.

A falência de nossas instituições políticas levou os servidores a esse sacrifício de viver sem salários e, portanto, sem condições de pagar suas contas, como mensalidade escolar, seguro-saúde e outros. E os empresários do comércio de que maneira irão sobreviver? Como podem os governantes continuarem submetendo, sem explicação plausível, os servidores, suas viúvas, seus filhos a esse sacrifício? Lamentavelmente, já aparece ministro do STF achando que foro especial para réu da Lava-Jato é tarefa acertada, apesar das contestações.

No pais do Carnaval os políticos mantêm o ritmo da roubalheira!


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