As colheres de cabo comprido
- Otacílio Barros, DP
- Jan 18, 2017
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O artigo de hoje traz uma pequena história para vocês. Conta uma lenda que DEUS convidou um homem para conhecer o céu e o inferno. Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca. O sofrimento era grande. Em seguida, DEUS levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira. Havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. Não havia fome, nem sofrimento. "Eu não compreendo", disse o homem a DEUS, "por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? " DEUS sorriu e respondeu: "Você não percebeu? É Porque aqui eles aprenderam a Dar comida uns aos outros." Moral: Temos três situações que merecem profunda reflexão: 1.Egoísmo: as pessoas no "inferno" estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação; 2.Criatividade: como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema; 3.Equipe: se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.
Conclusão: dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras. O espírito de equipe é essencial para alcançar o sucesso. Uma equipe participativa, homogênea, coesa, vale mais do que um batalhão de pessoas com posicionamentos isolados. Isso vale para qualquer área de sua vida, especialmente a profissional.
É ou não é para se fazer uma profunda reflexão? Essa historinha nos mostra muito bem como estamos nos comportando ao longo de nossa vida. Como estamos inseridos nessa sociedade egoísta, egocêntrica, orgulhosa, vaidosa, hedonista e outros adjetivos pejorativos mais que se queira usar. Enquanto nos preocuparmos com coisas materiais, em consumir desenfreadamente, nessas catedrais do consumo, os chamados shoppings centers e nos esquecermos do nosso próximo, do nosso irmãozinho abandonado pelas periferias das grandes cidades, entregues à própria sorte, vamos permanecer em grande sofrimento. “Não acumuleis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem...Porque aonde está o tesouro aí está também o seu coração”. Lembremo-nos sempre, cotidianamente, do lema que impulsionou a Revolução Francesa, “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”, para que possamos ser os tais justos que herdarão a terra.
“Faça pelos outros sem pensar em retribuição. As árvores estendem seus ramos generosos sem escolher os que vão abrigar à sua sombra”. (S. Brown).