top of page

Prefeituras arruinadas

  • Célio Junger Vidaurre
  • Jan 13, 2017
  • 2 min read

Como o ano está começando, o momento é bem propicio para que a Operação Lava Jato comece também a se preocupar mais com o que acontece nos municípios brasileiros. Dos quase cinco mil e seiscentos municípios existentes no País, viu-se agora nesse final de 2016 como ocorreram as maiores vergonhas administrativas e, por que não dizer, as desenfreadas corrupções de norte a sul do Brasil. Os mandatos chegaram ao fim com alguns prefeitos fugindo de suas cidades e outros comunicando a falência total do município.

Bom que se diga que é na Prefeitura que normalmente começa a corrupção, depois chega ao Estado e mais na frente alcança Brasília. São carreiras políticas que têm na Petrobras o local preferido para grandes transações que resultam em adquirir fortunas incalculáveis, não só para alguns políticos como também para pequenos, médios e grandes empresários. O setor tornou-se “a rainha dos ovos de ouro” dessa classe política sem qualquer escrúpulo.

O resultado dessa atitude praticada por parlamentares e executivos até então bem-sucedidos, chegou nas prisões de ministros, senadores, deputados, ex-governadores, executivos consagrados do serviço público, enfim, todos os larápios do poder tiveram seus dias de desgraça total, foram para a cadeia e lá pagam pelos crimes que cometeram sem qualquer piedade. Nem sequer, aqueles com doença grave têm o beneplácito da justiça

Mas, voltando às Prefeituras, não se pode deixar de registrar o tamanho das vergonhas protagonizadas por inúmeros Prefeitos, sobretudo, os daqui do Rio de Janeiro. Essas situações que se vê na Baixada Fluminense, às das cidades do petróleo como Campos, Rio das Ostras e Macaé, entre outras, é de estarrecer, tudo pelo fato de estar evidente a falta de boas gestões. Tem município que o Prefeito assume achando que é um executivo cheio de moral, em outro o Prefeito é um Coronel da PM que pensa que vai continuar comandando sua tropa, em outro é ex-vereador analfabeto. Como isso poderia dar certo?

Agora, quando a cidade tem característica de grande metrópole ou é a Capital do Estado, com IPTU elevadíssimo, entre outras arrecadações, aí, o dinheiro jorra até sem petróleo. Vejam bem o que acontece no município de Niterói, o Prefeito nomeia os amigos e partidários dos vereadores nos 90 dias anteriores à eleição, mantêm um mundo de servidores sem trabalhar e todo mundo recebe em dia.

O Prefeito promoveu queima de fogos no fim do ano, na Praia de Icaraí, por longos 16 minutos, enquanto na Capital Rio de Janeiro foram só 12 minutos. Não se falando que ainda contratou o Grupo Roqueiro – CAPITAL INICIAL – com show desenrolando pela madrugada para o delírio daqueles que esperavam pelo ano novo na companhia de quase toda a população de São Gonçalo. Foi um grande espetáculo, mas, como se viu, a cidade não tem esses problemas que vivem os outros municípios que estão quebrados em face da incompetência de seus medíocres administradores.

Dinheiro não é problema para a Prefeitura de Niterói!


Célio Junger Vidaurre é advogado e cronista político.


bottom of page